Beatriz Gosta: “Não agrado a gregos e troianos porque sou mais polémica"

Beatriz Gosta: “Não agrado a gregos e troianos porque sou mais polémica"

Marta Bateira, conhecida do grande público como Beatriz Gosta, formou-se em design de moda e conta com um percurso profissional enquanto autora, freelancer, criativa e humorista. Pisa palcos nacionais e além-fronteiras com os seus espetáculos de humor ao vivo, e traz aos seus espetadores temas importantes de uma forma divertida, mas com a seriedade que exigem.

Beatriz Gosta surgiu, organicamente, na vida de Marta há 8 anos com a ajuda de profissionais como Capicua, Vasco Mendes e Vítor Ferreira, e é hoje uma das personagens humorísticas mais conhecidas em Portugal. Símbolo de liberdade, feminismo e igualdade, Beatriz Gosta faz questão de dar voz a diferentes pessoas e comunidades. Ainda assim, e apesar da relevância da sua missão, é alvo de algumas críticas: “Quando eu falo abertamente de sexualidade e feminismo, é porque não sou mulher para casar, sou uma leviana, uma promíscua”, exemplifica.

Para além de nos contar acerca do seu percurso profissional e de como é navegar no mundo do trabalho na qualidade de freelancer, a entrevistada do Podcast Gender Calling explica como tem sido abraçar a maternidade e os desafios desta nova fase: “A maternidade faz-te crescer a ferro e fogo. Há uma mulher antes e depois de ser mãe”.

Confessa, ainda, que o pós-parto foi bastante desafiante a nível psicológico e ressalta a importância da saúde mental enquanto base do nosso bem-estar: “Quando eu fiquei no puerpério, estavam a acontecer 1500 coisas comigo (…), tinha uma pessoa para cuidar, toda a insegurança, as hormonas, privação de sono, pandemia… não tens muitos recursos, não tens por onde fugir. Fazes terapia e ao mesmo tempo precisas de medicação, e está tudo bem.”

Numa conversa sem filtros, Marta dá a conhecer aos ouvintes vários lados de si: fala sobre a infância, a perda da mãe com 6 anos, a forma como a educação que recebeu a condicionou na idade adulta, a liberdade sexual, os desafios de ser mãe solo, os novos projetos, a chegada dos 40 anos e a segurança que conquistou.

Entrevista disponível no Podcast Gender Calling (em todas as plataformas).