Ser madrasta: "A pessoa que aparece depois é sempre vista como a malvada, a que vem destruir a família"

Ser madrasta: "A pessoa que aparece depois é sempre vista como a malvada, a que vem destruir a família"
Inês Rosa criou a página de Instagram Somos Madrastas Portugal (inspirada na página Somos Madrastas de Mari Camardelli, uma criadora de conteúdos brasileira)

Tem a família com que sempre sonhou mas não nos moldes que desejou, conta ao Gender Calling. Inês Rosa cresceu numa família recomposta e foi por ter visto os vários desafios que a dinâmica coloca que decidiu afastar a possibilidade de se juntar a um homem que já tivesse filhos.

Tudo mudou quando se apaixonou por Nuno, que trouxe consigo uma filha de um ano e meio. A partir daí começaram os desafios: qual o lugar a ocupar, como ficaria a relação com o companheiro, o impacto da relação passada, a gestão do dia a dia com a mãe. A logística, os ciúmes, os medos, a insegurança. Eram várias as emoções e com elas eram ativados alguns gatilhos internos, que foram depois explorados no processo de terapia que Inês já tinha iniciado.

Depois de vários anos na função de madrasta, decidiu falar publicamente sobre o assunto para retirar o peso negativo de uma função já presente em muitas famílias. Inês questiona os estigmas, aponta os preconceitos e revela o que tem aprendido ao longo do tempo. Fá-lo na página de Instagram Somos Madrastas Portugal, em que aborda vários tópicos desafiantes nas famílias. Em entrevista ao Podcast Gender Calling, fala abertamente sobre a sua história, as suas emoções e como as tem trabalhado.